Sacrificar ciclos é difícil, mantê-los é ainda mais

“É preciso sermos capazes de sacrificar e fazer morrer aquilo que já não serve mais, para continuarmos vivos e inteiros, para não correr o risco de nos tornarmos “mortos-vivos.”Carl Gustav Jung

Essa é uma frase que anotei a anos atrás, sem realmente pensar muito a respeito na época. Hoje encontrei a anotação, e logo veio uma pequena leva de reflexões.

Se prestarmos atenção em nossas vidas, no nosso cotidiano, em nossa rotina, é inegável que de tempos em tempos notamos certas “coincidências”, coisas que se repetem, que já aconteceram antes e de repente acontecem novamente, aquele sentimento de parecer estar empacado.

Tudo em nossa existência acontece de forma cíclica, manifestado através de nossos hábitos, e quando esses se tornam ciclos viciosos, é onde aparentemente sem querer desenvolvemos pontos cegos em nossas vidas. Sabe quando parece que sofremos por amor sempre pelos mesmos motivos, não importa com quantas pessoas diferentes sejam? Ou quando parece que ninguém nos entende, mesmo explicando enfaticamente nosso ponto de vista? Pois pense por quanto tempo uma pessoa consegue arrastar sua vida em função desses ciclos, praticamente se deixando morrer no processo, no lugar de deixar esses hábitos morrerem.

E como seria então mudar o foco e pensar que talvez a falha de comunicação começou em nós mesmos, e não nos outros? Como seria amar a si mesmo antes de buscar o amor no outro, ou procurar se aproximar desse outro ponto de vista antes de tentar impor o próprio? É o tipo de esforço que a maioria tem preguiça só de pensar em cogitar, mas na prática, os resultados te surpreendem e muito, e afinal de contas, o que teríamos a perder com isso?

Não devemos esquecer jamais que para iniciar qualquer jornada, é preciso haver uma partida, um adeus, um sacrifício, pois a vida nos chama, porém não fica para nos esperar.


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